A vila do curiaú é um pequeno povoado localizado a 12 KM de Macapá, que abriga cerca de 600 negros remanescentes de escravos, que inicialmente teria sido um quilombo. Este, formara-se á época da construção da fortaleza São José de Macapá, servindo de local de refúgio para escravos fugitivos do trabalho forçado; foram criadas duas denominações para a vila: a do Curiaú de Fora e de Curiaú de Dentro. A casa grande, não era na verdade um local onde os negros se refugiavam, mas um terreno de um senhor chamado Francisco.
O verdadeiro quilombo se localiza do outro lado do lago, onde havia pedras. Próximo a BR-156 havia um senhor por nome Miranda e que tinha escravos. Um dia mandou um escravo seu pra procurar um lugar para poder desenvolver a criação de gado. O escravo retornou encontrando o lugar que considerou ideal: o Curiaú. Avançaram em direção á casa grande. Era a propriedade do seu Francisco. Os negros que já estavam amocambados do outro lado do rio, comunicavam-se com a vila através de batidas de tambores para que os mesmos soubessem da presença de algum estranho. Esses toques para o estranho representam macumba ou feitiçaria. O curiaú também se caracteriza com o batuque, que significa lamentas de senzala. Sua festa tradicional é a de São Joaquim do Curiaú. Mas na verdade, o santo padroeiro mais antigo era o Santo Antônio, mas na escritura oficial ficou sendo São Joaquim. Por isso, o curiaú é chamado de São Joaquim do Curiaú.
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